quinta-feira, 29 de abril de 2010

Floralis

Flora,
flores do mar,
cantos,
cânticos d'amar,
que vêm como ondas fatais,
destruindo o beijo dos casais.

Primavera,
primo suspiro do céu,
flor de laranjeira
de tez pura como véu,
que vêm pelos ares a bailar,
que me faz ver e flutuar.

"Amantes somos nós,
senhores e senhoras de
tão cálida e gélida voz,
de riquezas não contáveis
e de destino vil e atroz.

Se dizes a verdade,
se me amas como o sol
ama a lua, santa beldade,
da mais límpida pureza,
de tão tenra bondade,

provas o que tu falas,
beija a mais agre erva
da mais tórridas estradas
desta terra que vivo,
que abriga tantas moradas."

Solaris,
de céus em terra,
Floralis,
menina donzela,
que me diz coisas para eu dormir,
que canta coisas que não há por aqui:
sonhos de vidas passadas,
borboletas em francas revoadas.

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