quinta-feira, 1 de abril de 2010

Novela Psicológica


Capítulo 3 - das mortes vividas

...
O copo estava cheio.
Estava cheio o copo.
No copo havia um recheio,
um meio que tinha um voto...
...

Meus olhos se perderam na vista daquele copo. Minha vista se enganava, não achava forma para aquilo. No começo, parecia um copo, mas depois...Depois nada parecia...Parecia mais um nada do que outra coisa...ah sei lá...
"As vezes as coisas conversam coisas surpreendentes, fatalmente erram acham solução."
...
Então...é você o copo?
O copo, por fim, deve ser você?
ai que vida louca essa de ser um copo,
porque a vida é um copo, onde seu conteúdo é nossa existência, e suas paredes, seus limites são os limites da vida em si, sendo, portanto, a morte.
...
Daquele copo sai uma nuvem negra que, aos poucos, vai tomando forma, vai se tornando perceptível, vai tendo uma tessitura, uma imagem...E daquela névoa negra, daquele breu em fumaça...Eu vi, eu vejo, eu via...
Eis que ela aparece tocando sua flauta de marfim...eis que ela me olha e diz-me:

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