sexta-feira, 14 de maio de 2010

La muerte de Helena



Ó musa de minha vida,
ó donzela querida,
onde escondeste teu olhar?
Onde teu canto foi parar?

O sol não me encanta mais que tua voz,
as noites não são mais belas, nem mais doces
que o teu delicado beijo,
que teu jeito de amar, teu jeito de ser...
Como tu me encantas com teu andar,
tua roupinha clara,
tudo em ti me encanta, vai me encantar...

Ilusão que não se apaga,
miragem que não tem final...
Os anjos deste meu pecado
me condenam como se eu foss'um animal...

Iludido eu ainda vivo pelos dias,
pensando no que não voltará mais,
vivendo um passado de beleza,
me perdendo em minha própria esperança, sem minha paz...

O sol me encanta como tua voz,
as noites são mais belas, mais doces
quando tenho teu delicado beijo,
tenho teu amor e tua atenção...
Como tu me encantas com teu andar,
tua roupinha clara,
tudo em ti me encanta, vai me encantar...

Ó musa de minha vida,
ó donzela querida,
onde escondeste teu olhar?
Onde teu canto foi parar?

Esta cantiga boba,
este meu tolo versejar...

Este meu jeito bobo,
este meu jeito de te amar...

E o tempo te levou de mim, minha amada,
quando tu morreste naquele dia fatal,
quando o tempo fechou teus olhos,
quando tu morreste ao som de meu punhal...

Helena,
tágide serena...

Helena,
minha doce açucena...

E tu morreste...
Tu morreste...
mas eu ainda
fico aqui nestas paragens,
tentando ver o fim do presente,
me depredando com as bobagens
de toda esta humana gente...

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