terça-feira, 29 de junho de 2010

Dos olhos da Loucura


Eu caio neste vale de lágrimas.
Um corpo está caído ali...
Onde está o povo?
Onde está o povo que não vai acudir?

Eu caio em minha loucura,
mas ninguém pode me socorrer.
Eu venço minha tortura,
mas ninguém pode me esconder...

Meus olhos,
meus lábios,
meus pulsos,
meu pênis,
tudo está cortado.
Eu não sou mais eu,
eu nem sei onde vive Deus,
nem onde iremos depois,
mas esta loucura,
esta visão surreal
me encanta
e me desatina, como se...
como se viver não me fosse real...

Eu caio neste vale de lágrimas.
Um corpo está caído ali...
Onde está o povo?
Onde está o povo que não vai acudir?

Eu caio em minha loucura,
mas ninguém pode me socorrer.
Eu venço minha tortura,
mas ninguém pode me esconder...

Eu e você não se pode esconder...

Eu e você não queremos mais viver...

Meus olhos cortados,
meus pulsos cortados,
meus sonhos cortados,
meu casulo de panos,
minha pena de cair,
meu mundo girando
pra onde nem sei ir...

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