sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Silêncio da Luz

"Silence of the sound
And the colors of the night
The sound from the thoughts
And the thought from the light"



Oceano negro de manchas
claras e pueris,
meu sigilo não me permite falar.
Tu sabes onde me levaste,
e até onde eu fui por ti.
Naquele dia, eu tentei te achar,
mas a corda não serviu de muita coisa.
Outra vez, tentei de beijar,
mas fui flagrado em teu seio.
O som das horas não passa em minha mente.
Minha mente doentia,
minha beleza não sadia.

Caindo como um anjo derrubado
eu vou ao remanso de teu silêncio escuro.

Estou fluindo por dentro de ti,
através de ti, mas meu remédio
não me deixa te ver mais uma vez.
Três vezes eu tentei ir contigo,
mas nem isso eu consegui fazer.
Eu não tenho teu amor,
nem teu entendimento.
Este silêncio das horas ainda repercute
na minha mente doentia,
na minha vida tola e vazia.

Chorando com um anjo sem paz,
eu vivo esperando a próxima vez de teu olhar.

Não há nada que eu possa fazer,
não há nada que me levante deste
lugar e faça voar.
Silêncio do som.
Som das horas em meu coração.
Tic-tac,tic-tac não chega o fim.
Se ao menos eu tivesse como te amar,
mas não existem mais cordas na minha casa,
não existem facas que eu possa tocar,
não existe canto no qual esteja sozinho,
sempre há algo a me observar.

Oceano que neste momento é maior que o sol,
eu quero te oferecer meu último suspiro,
meu último arquejo de vida eu quero te dar,
e a noite não vai cair mais no meu mundo,
nem a luz vai fugir de mim.

E neste oceano sem água,
eu poderei voar.

Toda vez que eu me sentir triste,
sem o som de meus amigos,
sem esperança nas horas que se seguem,
perdido no escuro de meu eu,
mesmo vigiado pelos olhos de meus parentes,
eu irei te chamar,
Chora da Terra.

Levantando-me,
fluindo dentro do espaço.
Chuva única de um homem
sem futuro,
jogado ao breu da vida,
ao eterno lado escuro.

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