sábado, 25 de dezembro de 2010

Onde estavas tu que não vieste me salvar?





Meu parco cupido,
por que me queres matar?
Por que nunca
certo me vou apaixonar?


Aquela voz que linda chega,
aquele sorriso que me vem beijar,
mas tudo de belo que tem
não relembra a maldade que fui amar.


Onde estavas tu, ó cupido,
que não viste onde me fui meter?
onde estavas tu, ó maldito,
que não me vieste defender?


Aquele rosto de tez clara
como a nuvem mais limpa, do céu mais belo;
aquele sabor que me vem fazer gozar,
qual nunca pode ser mais puro, mais sincero.


Onde estavas tu, ó cupido,
que não viste onde me fui meter?
onde estavas tu, ó maldito,
que não me vieste defender?

Eis que toma meu corpo
e me joga no chão!
Eis que apenas seu ser vive dentro de mim!
Mas tudo isso passa
com o sorriso de seu prazer:
não mais aqui está,
não mais aqui me amará.
E tu, ó cupido,
onde estavas que me deixou apaixonar?



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