domingo, 24 de abril de 2011

Eu, prostituta...

Take your fockin' Dad
and dance with your blond Mother
cuz tonight is the time,
tonight i'm yours and nothing give me out!
Freak me, freak me so out!




Beije-me com teu corpo
e me torne o que for!
Eu quero tudo que de ti pode ser,
quero e pago o preço que for,
mas me tome e me beba com prazer.

Nasci muito longe de mim.
Não sei nem no que me tornei,
se sou um demônio,
se sou uma puta somente,
se é meu o reino dos crentes!

Esta noite é para sermos felizes!
Não importa quem e o que somos, baby!
Apenas me f*** com prazer e nada mais,
deixa que minha fé o tempo desfaz!
Esta noite eu sou tua e de ninguém mais...

Nasci muito diferente do que me tornei.
Não sei onde tudo isso começou,
mas só sei que a mesma nunca mais serei...

Depois desta foda gostosa,
eu posso ir embora e nem voltar mais!
Mas eu quero que agora seja agora,
que o amanhã ainda não me apraz!
Me toma, baby, desata em mim o que tiver de ser...

Naquela noite de inverno,
eu toquei tua face com um amor diferente,
um amor que outro cliente
não me fez sentir...
Mas eu sou apenas uma rapariga,
uma mulher de pouca valia,
a qual tu usarás e nem do nome saberás
no outro dia...

Eu sei que às vezes parece patético,
parece neurótico ou coisa similar,
mas a vida é apenas uma única,
se não vivermos o que tiver de ser,
ela não torna a voltar...

Talvez eu seja uma figura apenas pagã,
sem chances de felicidade,
presa no pecado eterno, lixo da fé cristã...
Talvez eu seja a que possa com beleza te satisfazer,
mas não será para minha felicidade
que tua boca vai dizer: eu te amo...
Talvez eu nunca saiba o que é amor realmente.
Olho para tua boca, tua voz diz algo,
mas não me importa, eu sei que ela mente...

Eu sou o que me pedirem para ser,
mesmo que no final de tudo
eu nada seja senão o que queriam que eu fosse...

2 comentários:

  1. Amigo, tu se garante demais. Tô toda arrepiada com esse texto. E é como você mesmo diz, cada um de nós coloca um preço, nem que seja aquele tal de amor, não é mesmo? Quem dá mais? Quem oferece mais amor? Quem encanta mais? E quem seduz? A gente se entrega, se joga e às vezes nem percebe que o outro dia virá e cada um estará pro seu lado, vivendo sua vidinha chata, repetindo a rotina... A gente cobra prazer de volta. Uma noite nem sempre é suficiente. Mas ninguém pensa nisso antes, só se quer ceder, como quem busca incessante o gozo do corpo, da alma, da vida inteira. No dia seguinte, nem o nome.

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  2. own amiga!mas esse é o jogo do poema.Vc começa a ler pensando q o tema é a prostituição, mas, quando a gente ve bem, todos nós somos prostitutas...e o que acontece com elas, acontece com a gente, a forma como as pessoas percebem as coisas faz com que as coisas brilhem diferente, mas, ao final, tudo é sentimento humano, tudo é igual...só muda o nome que a gente dá!Obrigado pela leitura,MaMa!!!!

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