domingo, 1 de maio de 2011

C'est seulement une triste chanson

Tentei ser feliz, até remédio eu tomei,
mas como viver já que nosso fim eu já sei...
Não há nada entre nós agora,
mas o amanhã já vem e me desola...

Voa longe, meu amor,
mas saiba que aqui na terra
eu ainda estarei te esperando mesmo que morto,
mesmo que como único abrigo a minha cova,
ainda serei o que de mais belo tu fizeste em vida...
Eu não sou outro senão o que tu me fizeste ser...
Ao fim, esta canção de despedida...



Tudo claro. Nada novo, pois.
Mas como amar todo dia?
Como te ver e deixar tudo pra depois?
Me diga onde eu fui me perder assim,
onde eu fui deixar eu mesmo
e perder meu conceito. Temer a vida sem ti
é algo que eu não deveria sentir...

Não há nada em mim que não me lembre você.
Não há mais nada em mim que não seja você,
porque o que de minha havia em mim mesmo não é nada
ante o amor maior que um ser humano tem o direito de sentir.
Necessito de ti comigo em todas as horas,
mas o tempo pode nos esquecer e morrermos sem demora...
Eu apenas escuto tua voz quando o vento sopra,
apenas teus olhos reluzem em meu espelho,
eu ainda invento de pensar, mas é em ti que meu eu há...

Tudo caro. Vida maldita, heim!
Mas como deixar de pensar no amanhã?
Como eu viverei sem teu amor, teus beijos também?
Me diga onde eu fui ficar assim,
onde eu me perdi deste jeito tão,
tão perdido. Eu vou caminhando pela estrada
buscando em toda face tua face delicada...

Eu sem ti não existo mais.
Eu nunca vi um amor assim, que dói e que me apraz.
Sinto teu nome ir embora, tua voz me vem contar,
mas o que importa é o agora, o amanhã - deixa ele pra lá!

O que poderei ser?
O que haverei de ter?
Sem você, nada eu sou senão o que eu era antes de ser o que agora sou,
e o que há de novo em se resser o que se era? Eu quero apenas dizer:
[Desta maneira nunca ninguém um dia te amou...

Nenhum comentário:

Postar um comentário