segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Pueril Como O Beijo Do Mal



Tudo é destruído quando toma vida
diante do trono da navalha que corre,
diante do ânimo da juventude atrevida
que consume em ilusão aquilo que morre.
Amou-me de forma fiel aquele que não
aqui mais jaz, e a dor do inverno eterno
toma minha esperança e a torna ilusão
perante o Sol que sutilmente reina vero!

Todas as coisas se tornam fugazes e novas agora
diante do Amor que consumiu meu parco tempo.
Meu sentimento voa longe e o meu eu ele devora
qual lobo selvagem de sangue e vida sedento.
Ama-me de forma feroz e retira as trevas de mim,
que eu serei a ti sempre o maior amante e devoto!
Tua presença me eleva ao cume do mais alto Serafim
onde apenas o teu beijo de gozo na boca devoro!

Ah! Fielmente eu hei de amar teu ser angelical
e tecer nele meu maior e desejoso papel!
Abril passa e leva consigo o desejo de te fazer mal,
perfazendo, assim, o círculo completo do meu Céu!
Vi as trevas beijarem teu puro e pueril semblante
e na alcova, sob a luz de uma lâmpada qualquer,
eu me entrego à navalha que me tirará o sangue
se com isso eterno em teu corpo ser eu puder!

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