domingo, 14 de julho de 2013

Proximidades




Tão perto,
calado, singelo,
ficamos ali.
Pensei em antes.
Pelas janelas, amantes
não estavam ali.

Andei todo este tempo tão sozinho e não foi tolo querer voar para longe,
voar para longe, onde não se podia ver morro, terraço ou monte.

Não importa
se tudo foi embora
como sempre foi.
Sozinho sempre,
eu senti a gente
se desfazer depois.

Falhei em amar logo: não há pecado pior debaixo da linha do Equador,
mas pelas janelas cerradas eu sinto um cheiro doce do que passou.

Próximos encantamentos, próximos cheiros e beijos...
Talvez seja este o meu jeito
de mentir algo que eu não sei de fato onde começou.

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